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O protesto na região segue na BR-376 (Rodovia do Café), em Apucarana, e BR-369 (Rodovia Mello Peixoto), em Arapongas.
Com informações de G1 PR e Tnonline
24/02/2015
Os caminhoneiros que protestam contra os aumentos nos preços do diesel e dos pedágios continuam com bloqueios em várias estradas do Paraná nesta terça-feira (24). Até as 7h50 desta terça-feira(24), pelo menos cinco rodovias federais que fazem ligação com as cidades do interior do estado tinham pontos de bloqueio.

Na segunda-feira (23), mais de 30 rodovias chegaram a ser interditadas ao longo do dia e causaram transtorno para vários motoristas. Não há previsão para o término das manifestações, de acordo com os trabalhadores.

A mobilização dos profissionais do volante volta a provocar congestionamentos na BR-376 e na BR-369. Os caminhoneiros portam faixas e cartazes com críticas à presidente Dilma Roussef (PT) e ao governador do Paraná, Beto Richa (PSDB). Os profissionais do volante estão bem articulados e fornecem água e alimentação para os colegas que aderem ao movimento. Uma cozinha improvisada e até uma churrasqueira foram montadas no ponto de bloqueio da BR-376. André Luiz Nogueira da Silva conta que está na profissão há 14 anos e diz que nunca viveu uma situação tão crítica como a atual.

Imagem reprodução facebook
Na maior parte dos trechos, apenas os caminhões estão sendo impedidos de seguir viagem. Os demais veículos, como carros de passeio e de emergência, circulam normalmente pelas rodovias. Segundo a polícia, até o início da manhã desta terça não havia pontos de congestionamento.

Os caminhoneiros realizam manifestações no estado desde o dia 13 de fevereiro. Os protestos se intensificaram depois do feriado de carnaval e interditaram diversos trechos em todo o estado.Também há protestos em outras partes do Brasil.

"O dinheiro do frete mal dá para pagar o óleo diesel, o pedágio e a manutenção do caminhão. A remuneração daqueles que trabalham com empregados está sendo bancada pelos patrões, sem qualquer lucro, ou seja, no vermelho. O motorista Adriano de Souza, há nove anos como caminhoneiro, também justifica a mobilização da categoria. "Temos que fazer assim para garantir os nossos direitos; fazer valer nossa razão". Já o caminhoneiro José Luiz Ronemberg, que há 30 anos trabalha como profissional do volante e reside em Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, conta que está parado no bloqueio desde as 12 horas de domingo (22).

"Nunca vivenciei uma crise tão profunda como essa. Estou levando uma maquinário para Porto Alegre e estou com apenas R$ 22 no bolso e agora parado, sem poder chegar ao meu destino. Quem vai pagar o meu prejuízo: o governo?, indaga Ronemberg. Uma situação peculiar chamou a atenção hoje pela manhã no ponto de bloqueio em Apucarana. Um profissional do volante que se integrou ao movimento recebeu a informação de quem um sobrinho dele havia falecido na cidade de Ponta Grossa. Os líderes do movimento arrumaram uma "carona" para o colega ir ao velório e sepultamento em Ponta Grossa e motorista deixou seu caminhão com carga parado em barreira feita em Apucarana.

ARAPONGAS - A manifestação dos caminhoneiros também tem sequência na praça de pedágio em Arapongas. Em um dos sentidos da pista, a fila de caminhões já chegou ao trevo de acesso ao município de Rolândia. A PRF reiterou que os manifestantes não informaram se existe previsão para liberação das rodovias bloqueadas.

Na Região Metropolitana de Londrina, o bloqueio dos caminhoneiros também aconteceu em outro ponto da BR-369, em Sertanópolis, durante o domingo. A fila de caminhões chegou a cinco quilômetros.

Os trabalhadores também reclamam dos tributos sobre o transporte, como o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), e do alto preço do pedágio no Paraná.

Eles pedem ainda melhorias nas estradas e a criação de uma tabela com preços fixos a serem cobrados pelo frete por quilômetro rodado, não mais por viagem.

As rodovias estaduais bloqueadas, até o momento, são:
PRC 158, Km 528 - Vitorino
PR 170, Km 381 - Guarapuava
PR 180, Km 541 - Francisco Beltrão
PR 182, Km 459 - Realeza
PR 218, Km 254 - Astorga
PRC 280, Km 130 - Palmas
PRC 280, Km 175 - Clevelândia
PRC 280, Km 194 - Mariópolis
PRC 280, Km 255 - Marmeleiro
PR 281, Km 467 - Chopinzinho
PR 281, Kms 535 e 540 - Dois Vizinhos
PR 317, Km 467 - Santa Fé
PR 323, Km 36 - Sertanópolis
PR 466, Km 91 e 100 - Jardim Alegre
PRC 466, Km 179 e 180 - Pitanga
PR 471, Km 222 - Nova Prata do Iguaçu
PR 483, Km 001 - Francisco Beltrão
PR 483, Km 001 - Itapejara do Oeste
PRC 487, Km 295 - Manoel Ribas
PR 491, Km 00 Trevo - Marechal Rondon
PR 562, Km 85 - São João
PR 566, Km 12 - Itapejara do Oeste

Quanto às federais, a PRF registra barreiras nas seguintes rodovias:
BR-163
Km 32 - Santo Antonio do Sudoeste
Km 64 - Perola D'Oeste
Km 86 - Capanema
BR-376
Km 187 - Marialva
Km 245 - Apucarana
Km 295 - Mauá da Serra
BR-277
Km 338 - Guarapuava
BR-369
Km 178 - Arapongas
BR 373
Km 478 - Coronel Vivida

A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) condenou o fechamento das estradas. “Os transportadores estão contabilizando prejuízos e pedem medidas urgentes do governo federal, no entanto não compactuam com o movimento dos caminhoneiros, pois bloquear vias não é a melhor maneira de protestar", afirmou o presidente da Fetranspar, Sérgio Malucelli.

Reivindicações
Os manifestantes pedem a fixação do frete por quilômetro rodado, carência de seis meses a um ano para os financiamento de veículos de carga, aposentadoria integral aos motoristas profissionais com 25 anos de contribuição, a redução do preço dos combustíveis e que sejam reajustados conforme o preço do barril do petróleo no mercado internacional.

As PRs 160, km 53,5, em Cornélio Procópio; PRC 280, km 130, em Palmas; PR 420, km 42, em Piên; e PR 445, km 83, em Cambé, também foram interditadas pelos caminhoneiros na segunda, mas já estavam liberadas nesta terça.

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