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Facebook, Twitter e Instagram são só algumas das ferramentas utilizadas pelos criminosos virtuais.

Nuciber/Polícia Civil publicado 26/06/2015
O avanço da tecnologia trouxe comodidade para o dia a dia das pessoas, mas também perigos que até então não se pensava ao mundo virtual. Crimes contra o patrimônio, falsidade ideológica e contra a honra – calúnia, injúria e difamação – migraram para a internet e os casos são cada vez mais comuns.
O delegado-titular do Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber), Demétrius Gonzaga de Oliveira, alerta para alguns cuidados que as pessoas devem adotar para evitar os crimes na internet. Ele ressalta que o uso de equipamentos compartilhados, como em lanhouses e cibercafés, merecem atenção, pois geralmente são estes os locais mais ligados aos crimes contra o patrimônio.
“Já em seus próprios equipamentos, os usuários devem instalar aplicativos para a proteção de seus equipamentos, como pacotes de segurança com antivírus e anti-spans, para dificultar ao máximo a invasão de hackers aos seus dados”, alerta.
Outro ponto que merece cautela, de acordo com o delegado, são os sites e redes sociais acessados por crianças e adolescentes. “Em uma tecnologia desse porte, com capacidade de estabelecer contato com pessoas de qualquer parte do mundo, evidentemente é necessário um certo controle”, ressalta. “Os pais devem ter um diálogo franco com os filhos, saber qual seu nível de responsabilidade e os contatos dos filhos na rede mundial de computadores”, disse.
Ele atenta para a linguagem que muitos criminosos, principalmente pedófilos e traficantes, utilizam para se aproximar das crianças e adolescentes. “Os criminosos conhecem as gírias, os hábitos e os gostos das crianças e adolescentes e, desta forma, conseguem se entrosar de forma muito mais cômoda com este público”, diz. “Muitos desses criminosos estabelecem contatos durante a madrugada. Quando os pais vão dormir, os filhos conversam com estranhos, trocam informações, dados e até marcam encontro”, ressalta.
REDES SOCIAIS – Facebook, Twitter e Instagram são só algumas das ferramentas utilizadas pelos criminosos virtuais. O delegado cita os perfis falsos, também conhecidos como “fakes”, em que terceiros criam perfis para tentar se aproximar das vítimas, principalmente adolescentes. “As pessoas devem tentar descobrir se aquele perfil é mesmo de algum conhecido e, se possível, fazer um contato para confirmar se realmente é aquela pessoa que está pedindo a solicitação de amizade”, diz o delegado. "Se houver alguma dúvida, deve-se optar por não aceitar a amizade, e sempre bloquear os dados. O máximo de privacidade nas redes sociais é sinal de segurança".
Outra orientação preventiva diz respeito à exposição das pessoas nas redes sociais. "Evitar expor muitos detalhes da vida pessoal em redes sociais, pois isso permite que criminosos criem dossiês e, assim, consigam identificar endereços, locais de trabalho e lugares frequentados pelo usuário, sua família e amigos", ensina o delegado.
ESTELIONATO – Uma das ocorrências que mais chegam ao Nuciber são os crimes de estelionato, como golpes em sites que oferecem ofertas geralmente bem mais atrativas do que a concorrência. O conceito e opiniões de outros consumidores sobre essas empresas devem ser levados em consideração antes de serem contratadas. Uma boa opção é pesquisar em sites de reclamações para verificar queixas anteriores já registradas contra as mesmas.
Oliveira cita um caso investigado em 2013 pelo Nuciber, em que criminosos abriram uma empresa falsa, com CNPJ e atendimento ao cliente, para aplicar golpes por um site de venda de produtos eletrônicos.
Segundo as investigações, os suspeitos davam um prazo de 30 a 60 dias para as vítimas receberem suas mercadorias. Elas, porém, nunca receberam. Este período era suficiente para a quadrilha retirar o site do ar e fugir para outro estado. A quadrilha faturou quase R$ 500 mil em golpes. Os criminosos planejavam criar mais dois sites para aplicar o mesmo golpe, em pessoas de outro estado. O caso foi elucidado no mesmo ano e todos os integrantes foram presos.
Para o delegado, o ideal quando se trata de produtos eletrônicos é que as pessoas procurem lojas mais confiáveis, que tenham credibilidade. “Não adianta comprar em uma loja que esteja vendendo bastante em apenas um mês, pois em alguns casos a pessoa pode ter aberto a loja com dados de outras vítimas para poder aplicar golpes”, revela.
Outro tipo de golpe que exige muita atenção é o cometido contra pessoas estão passando por algum tipo de vulnerabilidade emocional. Este tipo de crime consiste em o criminoso ganhar a confiança do internauta para, logo após, dar o golpe.
ONDE DENUNCIAR – O delegado Demétrius Oliveira orienta as vítimas de crimes cibernéticos a salvar e imprimir a página da qual foi vítima. Um detalhe muito importante é que o endereço do site tem que aparecer inteiro após a impressão. A vítima deverá procurar a delegacia mais próxima de sua residência com o material em mãos e registrar um boletim de ocorrência.
Em caso de dúvidas, a vítima ainda poderá ligar para o Núcleo de Combate aos Cibercrimes, pelo telefone (41) 3321-1900.

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